Mais algumas fotos de
atualizações ocorridas.
São as últimas fotos do modelo atual. E as
considereções e conclusões.
Veja a foto do transformador antigo que eu utilizava no casamento de
impedâncias.
Eram 2 voltas de fio, em um toroide grande e pesado, que aquecia muito,
a ponto de derreter a mangueira de refrigeração.
Desmontei o isolamento deste toroide e descobri que ele não
era feito de ferrite, e sim de placas de aço silicio. Ou
seja,
acabava gerando correntes parasitas entre as placas e causava muito
aquecimento.
Então, fui para a solução mais
econômica que encontrei, utilizei um ferrite de flyback
retirado de um antigo monitor de computador.
Mas funciona com qualquer ferrite de flyback.
A foto está a seguir.

Ficou então com 9 voltas de fio.
Veja que esta maneira de refrigeração
não é nem um pouco adequada, o correto aqui seria
fazer 9 voltas com tubo de cobre,
igual ao da bobina, e por ele passar a água e a corrente
elétrica. Dessa maneira a refrigerção
fica mais eficiente e a transmissão
de energia também.
Porque eu não fiz isso ainda?
Simples, ainda estou sem tubo de cobre suficiente, e de qualquer modo,
não tenho como dobrá-lo em um diâmetro
tão pequeno sem
que ocorra obstrução do canal interno por onde
passa a água.
Mas com certeza, isso será feito no futuro, assim que eu
resolver esses pequenos detalhes.
Aqui, mostro a corrente que circula pela bobina, ainda com o
transformador antigo.
Utilizando como carga um parafuso.
Aqui, coloquei uma carga com mais massa, note que a corrente diminuiu
de 103 para 16,4 Amperes.
Quanto mais carga metálica, menor a corrente na bobina,
conforme essa carga vai aquecendo, a perda de magnetismo que
ocorre faz com que a corrente aumente, ou seja, quando esta carga ficar
totalmente avermelhada, a corrente estará também
acima
dos 100A.
Repare que na foto anterior, a carga fria apresentava uma corrente de
16,8A na bobina. E note também que a tensão na
entrada
do inversor era de 130Vcc.
Agora, na foto abaixo, com alguns ajustes e melhora na
distribuição de energia, casamento de
impedâncias, etc; se conseguiu 30,4A
na bobina com apenas 64Vcc no inversor.
Isso é devido a melhora no ajuste fino da
frequência de ressonância, mais a
adição de capacitores de filtro, tanto no
circuito RLCL
quanto os capacitores na saida do inversor. E ainda a troca da antiga
toroide pelo nucleo de ferrite do flyback.
Esqueci de tirar uma foto, mas o consumo na entrada do inversor aqui
estava em 9A.
Caso eu ligue o circuito em 110Vca neste momento, a corrente na bobina
aqueceria a carga tão depressa, que ela atingiria o ponto
de curie muito rápido, e na bobina passaria rapidamente dos
200A. Infelizmente não posso fazer isso, porque os IGBTs
não suportam
a corrente que passaria por eles (Pelo menos não ainda).
Conclusões:
Ficou mais do que claro como funciona o aquecimento por
indução.
Como é fácil, e como os pequenos detalhes
são de extrema importância.
Dentre as melhorias que devem ser feitas no próximo
circuito, com base em algumas dificuldades encontradas, posso citar:
O circuito de desarme deve ser feito em separado, deixando uma placa
exclusiva para o circuito de controle.
O circuito de desarme deve desarmar nas seguintes
condições:
- Aquecimento excessivo dos IGBTs;
- Aquecimento excessivo no banco de capacitores;
- Aquecimento excessivo na água de
refrigeração;
- Contato entre metal e a bobina;
O metal frio em contato com alguma parte apenas da bobina
não representa qualquer problema ao circuito no caso de
tratamentos térmicos,
mas pode causar choque no usuário que encostar no material.
Além de que,
se houver metal liquido em contato com a bobina, este pode derreter a
bobina e a água sairá da bobina entrando em
contato
com metal. Isso causará uma explosão de metal
liquido para cima, e é especialmente perigoso se este metal
for cobre, ferro,
ou metais de alto ponto de fusão, já que suas
temperaturas de fusão são altas e podem danificar
facilmente a bobina.
Para derreter metais, de qualquer tipo que seja, é
necessário um refratário especifico para o metal
desejado, não tratarei aqui as
caracteristicas dos refratários e nem a metalurgia dos
metais, falarei apenas sobre a parte elétrica.
Se houverem dúvidas relacionadas ao refratário,
ou metalurgia, no futuro posso disponibilzar materiais que posso vir a
fazer sobre isto.
Lembre-se, aqui estou tentando mostrar da forma mais
didática possível
apenas o
aquecimento indutivo de materiais ferrosos.
Não incluindo muitos cálculos
matemáticos, metalurgia, química,
física, etc;
Voltando ao circuito,
Quando você sai da frequência de
ressonância, o consumo e a corrente na bobina diminuem, com
isso a carga também aquece menos,
parece uma maneira fácil de regular a potência,
mas com isso, queimei alguns diodos de ação
rápida, e consequentemente alguns IGBTs
(queimei 3, até eu descobrir que o problema era isso).
Portanto, isso não deve ser feito.
O inversor deve funcionar sempre na frequência de
ressonância da bobina, que deve ser ajustada já na
hora em que o forno é ligado,
para isso, basta se basear no indicador de potencia relativa. Se a
frequência estiver fora, os diodos aquecem bastante,
até queimarem.
O inversor nunca deve ficar ligado sem que haja carga no interior da
bobina, se não houver carga, a corrente aumenta, e os IGBTs,
cabos,
capacitores, etc; podem não suportar isto por muito tempo.
Derreti 2 trilhas da placa por causa desses detalhes.
A próxima placa, farei com as seguintes mudanças:
Troca da placa de fenolite por fibra de vidro, que trabalha
melhor com frequências mais altas e é mais
estável.
Trilhas de alta corrente serão mais grossas, e com
reforços para que aguentem mais corrente.
A retificação da tensão do inversor
será feita por uma ponte retificadora, ao invés
dos 4 diodos retificadores e tentarei posicioná-la
no mesmo lado que estão os IGBTs para facilitar a
refrigeração.
No radiador de calor dos IGBTs e ponte retificadora, passarei ainda
alguns pedaços de tubos de cobre para ajudar na retirada
de calor com água.
O sistema de água aquece muito, mesmo com a
circulação de 1 litro de água, a
água passa de 20 Graus (temperatura ambiente) para
40 Graus em 15 minutos, quando chega nesse ponto, desligo o inversor e
deixo apenas a circulação de água,
até que a água esfrie
.
Aqui, ou eu faço uma serpentina de cobre e deixo ela
mergulhada em água normal de torneira para troca de calor,
ou...
eu utilizo um pequeno radiador de calor, para fazer troca de calor com
o ar (Radiador de ar condicionado, geladeira, atc;).
Ainda não sei como vou fazer, mas prefiro o sistema com
radiador porque meu objetivo é manter um sistema fechado.
Lembre-se, sua segurança sempre é mais
importante, não tente fazer como faço nas
fotos/videos, colocando a mão na bobina,
realizando aquecimento sem luvas e óculos especiais etc; Fiz
isso tudo em ambiente controlado, sem umidade no piso e tomando
os devidos cuidados, SEMPRE desligue o circuito para poder mexer nele.
Seguem os Links para os videos no YOUTUBE, não deixe de
comentá-los na página do youtube dizendo o que você achou:
Ambos são legendados e sem som.
Aqui está o forno sendo utilizado para o aquecimento de uma
faca de cozinha:
http://www.youtube.com/watch?v=7e-vX7x7GOo
Aqui está uma apresentação do
circuito, mostrando
seu funcionamento durante o aquecimento de um parafuso:
http://www.youtube.com/watch?v=bi1-QmHHLzM
Seguem os links dos videos para DOWLOAD em melhor qualidade
(São
os mesmos videos, apenas em qualidade superior),
mas que podem ser salvos
em seu computador.
Clique
aqui, para fazer o download do video aquecimento da faca
(13,3 Mb),
Clique
aqui, para fazer o download da
apresentação e demonstração
do circuito (78,5Mb).
Para ver a segunda versão,
clique AQUI!!!
Dúvidas, e sugestões, não deixe de me
escrever:
eduardo@eduardomoreira.eng.br
O projeto é LIVRE! Mas tome cuidado com as altas
tensões e correntes envolvidas.